domingo, 19 de outubro de 2008

A ciclicidade nas extinções


Entre as diversas questões que, nos últimos anos, têm suscitado o interesse dos geólogos e que, em simultâneo, têm sido alvo de uma grande divulgação em termos mediáticos, encontra-se a da extinção dos dinossauros, problema para o qual têm vindo a ser propostos diferentes modelos explicativos.













65 - 26 =

39 M.a. (milhões de anos)

39-26 =13 M.a. 13-26 = -13 M.a.

Faltam 13 M.a. para a próxima extinção em massa.



A Hipótese da Estrela Némesis

Em 1980, a revista Science publicou um artigo do prêmio Nobel Luis Alvarez, seu filho Walter Alvarez, Frank Asaro e Helen Michel, da universidade de Berkeley, que, sob o nome de Causa extraterrestre da extinção cretácio-terciario, expunha pela primeira vez a possibilidade de que corpos externos a nosso planeta foram os causadores das diversas extinções massivas da história da Terra. No caso particular dos dinossauros, se mencionava o choque com um meteorito como causa mais provável para sua extinção, a cerca de 65 milhões de anos.

A evidência que apoiava esta tese era a existência de irídio em uma fina camada de argila na fronteira que marca o período Cretácio e Terciário nos estratos geológicos. Como o irídio é raro em nosso planeta foi levantada a possibilidade de que tivesse origem extraterrestre.

Mas, a extinção destes répteis gigantes não foi a única que atingiu nosso planeta... e aí entra Nemesis, que surgiu como hipótese para explicar o mecanismo causador das extinções em massa na Terra. Conforme esta tese, a cada 25 ou 30 milhões de anos, nosso planeta se vê exposto a um aumento do número de cometas que cruzam sua órbita, aumentando assim a probabilidade de um choque contra a Terra.

Este fenômeno funcionaria como uma tempestade espacial que duraria de 100 mil a 2 milhões de anos. Estima-se que durante este período aconteceriam em média dez grandes impactos a intervalos de 50 mil anos. Estes choques poderiam desencadear uma série de processos ecológicos que teriam como conseqüência a destruição da maior parte da vida no planeta, fosse animal ou vegetal.


A teoria é uma possibilidade, mas ainda sem qualquer confirmação científica. Até hoje não conhecemos qualquer estrela companheira do Sol, o que não quer dizer que uma pouco brilhante não exista. Se existir, já poderá ter sido eventualmente observada nos levantamentos do céu hoje em dia tão frequentes, mas ainda não foi identificada como tal. Sabemos contudo que a viagem do Sistema Solar na Galáxia leva-o frequentemente a aproximar-se de outras estrelas, que podem provocar o aparecimento de cometas (através da perturbação da nuvem de Oort) que posteriormente podem ter um impacto na vida na Terra. Outro facto (que aliás deu vida à hipótese de Némesis) é que as extinções em massa parecem ser algo periódicas (a extinção dos dinossauros é apenas uma, e nem sequer a mais catastrófica).


Reflexão:

Na minha opinião, esta teoria aínda não está bem fundamentada, embora me leve a acreditar que esta teoria é a mais bem argumentada para explicar a ciclicidade das extinções no nosso planeta, ocorrendo elas, aproximadamente, de 26 em 26 milhões de anos. Embora aínda não tenhamos visto o seu efeito gravitacional em interacção com o Sol, tudo leva a crer que foi realmente o isto que aconteceu, mas aínda não foi provado cientificamente que o Sol tem realmente uma estrela irmã, mas o Sistema Solar na sua viagem tende a aproximar-se de outra estrelas, o que poderá provocar tal perturbação para ocorrer aquele fenómeno (o Sistema Solar, ao aproximar-se de outras estrelas, estas poderão ter um efeito catastrófico, devido às elevadas forças gravitacionais, terá perturbado de tal forma a Nuvem de Oort, que foram expelidos asteróides em todas as direcções). Assim, levanta-se outra questão, não será o Sol que a cada 26 milhões de anos se aproxima de outra estrela provocando todos estes fenómenos?

Um comentário:

Sérgio Teixeira disse...
Este comentário foi removido pelo autor.