segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

Sistema Solar

O Sistema Solar é constituído pelo Sol e pelo conjunto dos corpos celestes que se encontram no seu campo gravítico, e que compreende os planetas, e uma miríade de outros objectos de menor dimensão entre os quais se contam os planetas anões e os corpos menores do Sistema Solar (asteróides, transneptunianos e cometas).

Ainda não se sabe, ao certo, como o sistema solar foi formado. Existem várias teorias, mas apenas uma é actualmente aceite. Trata-se da Teoria Nebular ou Hipótese Nebular.

O Sol começou a brilhar quando o núcleo atingiu 10 milhões de graus Celsius, temperatura suficiente para iniciar reações de fusão nuclear. A radiação acabou por gerar um vento solar muito forte, conhecido como "onda de choque", que espalhou o gás e poeira restantes das redondezas da estrela recém-nascida para os planetas que se acabaram de formar a partir de enormes colisões entre os protoplanetas.

O limite exterior do nosso sistema solar pode ter sido delimitado há muito tempo pelo contacto com outra estrela, o que terá quebrado a estrutura inicial dos dois sistemas planetários em formação, o que a ter ocorrido poderá inclusivamente ter colocado planetas estranhos no nosso sistema.

Este cenário foi criado para descrever determinados fenómenos estranhos que se observam no sistema solar, mas assenta na especulação sobre observações reais. As modelações em computador sugerem uma gama bastante grande de possíveis resultados para uma tal interacção que terá ocorrido pouco depois do início da formação, há 4500 milhões de anos.


Imagens do modelo da interacção

Este estudo foi apresentado à revista Nature que a publicou na edição de 2 de Dezembro (Vol.432, pp.592-602), num artigo de Scott Kenyon e Benjamin Bromley intitulado "Stellar encounters as the origin of distant Solar System objects in highly eccentric orbits " .

"É possível que alguns objectos do nosso sistema solar tenham, de facto, sido formados à volta de uma outra estrela", disse Scott Kenyon do Smithsonian Astrophysical Observatory.

Caos inicial

Não existe qualquer evidência firme de que o Sol tenha interagido inicialmente com outra estrela, mas muitos astrónomos pensam que o Sol terá nascido num enxame compacto de estrelas que nasceram da mesma nuvem molecular. O Sol terá sido uma das primeiras estrelas expulsas do enxame logo que se começou a verificar a relaxação do mesmo .

Durante o início caótico da formação do sistema solar é concebível que o Sol tenha passado muito próximo de uma das companheiras do enxame. Diversos estudos têm usado esta interacção para explicar o sistema solar e a forma como os planetas se formam.

O novo modelo computacional mostra como os novos planetas de órbita quase circular em torno do Sol poderão ter sido puxados para órbitas elongadas colocando-os tão longe do Sol que não podem ser visualizados com os actuais telescópios. Esta interação terá também provocado a quase inexistência de objectos entre a Cintura de Kuiper e a Nuvem de Oort.

Um aspecto que reforça o modelo proposto foi a descoberta de Sedna durante o ano passado. Tem uma órbita tão elongada que projecta o planeta completamente para fora da Cintura de Kuiper. Embora não se saiba exactamente o que criou aquele traçado de órbita, suspeita-se agora que existirão outros com órbitas similares ou até mais excêntricas que poderão ter resultado da interacção com outra estrela passando próximo.

Kenyon e o seu colega, Benjamin Bromley da Universidade do Utah, expressam a ideia com alguns números. Pensam que a interacção terá ocorrido quando o Sol tinha pelo menos 30 milhões de anos de idade, mas não mais de 200 milhões de anos. A estela vizinha aproximou-se a uma distância entre 22,5 e 50,5 mil milhões de quilómetros (150 a 200 UA) o que terá provocado a disrupção da Cintura de Kuiper sem afectar significativamente os planetas interiores.

Troca de materiais rochosos

A gravidade da estrela que passava terá puxado para ela algumas pedras do nosso sistema solar, o mesmo acontecendo em sentido oposto. Esta explicação resolve dois mistérios de uma vez. Por um lado explica órbita do planeta Sedna e por outro, o fim abrupto da Cintura de Kuiper.

Mas outras formas de colocar o Sedna naquela órbita, alerta Mike Brown, o astrónomo do Caltech que coordenou a descoberta de Sedna. Também é possível que o Sedna tenha sido posto naquela órbita por um planeta de tamanho terrestre que agora já não se encontre na Cintura de Kuiper.


Os planetas

Os principais elementos celestes que orbitam em torno do Sol são os oito planetas principais conhecidos atualmente cujas dimensões vão do gigante de gás Júpiter até ao pequeno e rochoso Mercúrio, que possui menos da metade do tamanho da Terra.

Próximos do Sol encontram-se os quatro planetas telúricos, que são compostos de rochas e silicatos, são eles Mercúrio, Vénus, Terra e Marte. Depois da órbita de Marte encontram-se quatro planetas gasosos (Júpiter, Saturno, Urano e Neptuno), que são uma espécie de planetas colossais que se podem dividir em dois subgrupos: Júpiter-Saturno e Urano-Neptuno.

Se o tempo de uma viagem da Terra à Lua, a cerca de 257 000 km/hora, fosse de uma hora e um quarto, levaria-se cerca de três semanas terrestres para se ir da Terra ao Sol, 3 meses se ir a Júpiter, sete meses para Saturno e cerca de dois anos e meio a chegar a Plutão e deixar o nosso sistema solar. A partir daí, a essa velocidade, levar-se-ia 17 600 anos até chegar à estrela mais próxima, e 35 000 anos até Sírio.

Os planetas anões

Planeta anão é um corpo celeste muito semelhante a um planeta, dado que orbita em volta do Sol e possui gravidade suficiente para assumir uma forma com equilíbrio hidrostático (aproximadamente esférica), porém não possui uma órbita desempedida, orbitando com milhares de outros pequenos corpos celestes.

Ceres, que até meados do século XIX era considerado um planeta principal, orbita numa região do sistema solar conhecida como cinturão de asteróides. Por fim, nos confins do sistema solar, para além da órbita de Netuno, numa imensa região de corpos celestes gelados, encontram-se Plutão e o recentemente descoberto Éris. Até 2006, considerava-se, também, Plutão como um dos planetas principais. Hoje, Plutão, Ceres, Éris, Makemake e Haumea são considerados como "planetas anões".

As luas e os anéis

Satélites naturais ou luas são objetos de dimensões consideráveis que orbitam os planetas. Compreendem pequenos astros capturados da cintura de asteróides, como as luas de Marte e dos planetas gasosos, até astros capturados da cintura de Kuiper como o caso de Tritão no caso de Neptuno ou até mesmo astros formados a partir do próprio planeta através do impacto de um protoplaneta, como o caso da Lua da Terra.

Os planetas gasosos têm pequenas partículas de pó e gelo que os orbitam em enormes quantidades, são os chamados anéis planetários, os mais famosos são os anéis de Saturno.

Representação do sistema solar.

Corpos menores

A classe de astros chamados "corpos menores do sistema solar" inclui vários objetos diferenciados como são os asteróides, os transneptunianos, os cometas e outros pequenos corpos.

Asteróides

Os asteróides são astros menores do que os planetas, normalmente em forma de batata, encontrando-se na maioria na órbita entre Marte e Júpiter e são compostos por partes significativas de minerais não-voláteis.

Centauros

Os centauros são astros gelados semelhantes a cometas que têm órbitas menos excêntricas e que permanecem na região entre Júpiter e Netuno, mas são muito maiores que os cometas. O primeiro a ser descoberto foi Quíron, que tem propriedades parecidas com as de um cometa e de um asteróide.

Transneptunianos

Os transneptunianos são corpos celestes gelados cuja distância média ao Sol encontra-se para além da órbita de Neptuno, com órbitas superiores a 200 anos e são semelhantes ao centauros.

Pensa-se que os cometas de curto período sejam originários desta região. Os planetas anões Plutão e Éris encontram-se, também, nesta região.

O primeiro transnetuniano foi descoberto em 1992. No entanto, Plutão, que já era conhecido há quase um século, orbita nesta região do sistema solar.

Cometas

A maioria dos cometas tem três partes: 1. um núcleo sólido ou centro; 2. uma cabeleira, ou cabeça redonda que envolve o núcleo e consiste em partículas de poeira misturadas com água, metano e amoníaco congelados; e 3. uma longa cauda de poeira e gases que escapam da cabeleira.

Os cometas são compostos largamente por gelos voláteis e com órbitas bastante excêntricas, geralmente com um periélio dentro das órbitas dos planetas interior e com afélio para além de Plutão. Cometas com pequenos períodos também existem; contudo, os cometas mais velhos que perderam todo o seu material volátil são categorizados como asteróides. Alguns cometas com órbitas hiperbólicas podem ter sido originados de fora do sistema solar.

Meteoróides

Os meteoróides são astros com dimensão entre 50 metros até partículas tão pequenas como pó. Astros maiores que 50 metros são conhecidos como asteróides. Controversa continua a dimensão máxima de um asteróide e mínima de um planeta. Um meteoróide que atravesse a atmosfera da Terra passa a se denominar meteoro; caso chegue ao solo, chama-se meteorito.

2 comentários:

Pedro Mota disse...

Bom template!!

Bianca Castro. disse...

Realmente o teu template esta' mesmo giro :')
Acho qe devias colocar limites a's postagens, ja' qe tornaria o teu portefo'lio mais elegante!
(: