quinta-feira, 18 de junho de 2009

Superfícies respiratórias nos animais

Os animais apresentam estruturas especializadas através das quais são realizadas trocas de gases respiratórios entre o organismo e o meio- as superfícies respiratórias.
Difusão directa- as trocas gasosas ocorrem directamente entre as células e o meio exterior, sem intervenção de um fluído transpor
tador.
Difusão indirecta-
um fluído circulante transporta os gases respiratórios entre as células e o meio exterior. O intercâmbio de gases entre a superfície respiratória e o fluído circulante denomina-se hematose.

Características que aumentam a eficácia:
  • Espessura reduzida;
  • Vascularização elevada;
  • Humidade elevada;
  • Área superficial grande.
Superfície corporal

Em certos animais a superfície do corpo pode funcionar como órgão de trocas gasosas, com difusão directa dos gases, sem necessidade de um sistema respiratória diferenciado.
É o caso de animais aquáticos simples como a hidra e a planária.
A minhoca também realiza as trocas gasosas através do seu tegumento mas com intervenção de um fluído
transportador que circula num sistema circulatório fechado.
Sendo um animal terrestre a minhoca tem de manter permanentemente húmido o seu tegumento de modo a facilitar as trocas.
A hematose cutânea também existe em animais vertebrados, como a rã.
Nestes casos, as trocas de gases através do tegumento funcionam como complemento da hematose pulmonar.

Traqueias

Os insectos, como o gafanhoto, apresentam um sistema respiratório baseado numa rede interna de canais, as traqueias, que se ramificam no interior do corpo e comunicam directamente com as células, sem intervenção de um fluído circulante.
O ar entra por orifícios localizados ao longo do corpo e entre as traqueias, num fluxo de oxigénio que permite elevadas taxas metabólicas.






Brânquias

As brânquias ou guelras são órgãos respiratórios dos animais aquáticos e, em regra, diferenciam-se em evaginações da superfície corporal.
Estas estruturas, morfologicamente protegidas ou não, contactam directamente com a água.
Nos peixes ósseos, como a truta, as brânquias são internas e encontram-se protegidas por opérculos. Estruturalmente, são formadas por uma grande quantidade de lamelas altamente vascularizadas que, no seu conjunto, representam uma extensa área de contacto dom a água, um meio relativamente pobre em oxigénio dissolvido.
A disposição das lamelas facilita a hematose branquial na medida em que o sentido de circulação de sangue nas lamelas é contrário ao fluxo de água que passa entre elas. Este fluxo de água resulta da sua contínua renovação no interior das cavidades branquiais, entrando pela boca e saíndo pelas fendas operculares.
Este mecanismo de contracorrente permite que o sangue em circulação nas lamelas vá ficando progressivamente qnriquecido em oxigénio, que se difunde da água, mas sempre em contacto com água renovada.
O dióxido de carbono difunde-se, por um mecanismo similar, das lamelas para a água.

Pulmões

Os pulmões são superfícies respiratórias presentes em todos os vertebrados terrestres. Dos anfíbios aos mamíferos, os
pulmões apresentam uma complexidade e progressivo aumento da área superficial, características relacionadads com a crescente dimensão e necessidades metabólicas dos organismos.
No caso dos mamíferps, como o porco ou o ser humano, os pulmões apresentam consistência esponjosa uma vez que são formados por milhões de alvéolos pulmonares, estruturas em forma de saco que se diferenciam, nas extremidades de finos canais condutores do ar, os brônquios.
Os alvéolos possuem paredes muito finas, revestidas por uma densa rede capilares sanguíneos.
Na inspiração, o ar passa da traqueia aos brônquios e destes aos bronquíolos até preencher o interior dos alvéolos, onde ocorre a hematose pulmonar.
A maior pressão parcial de oxigénio nos alvéolos força a sua difusão para a rede capilar e a maior pressão parcial de dióxido de carbono no sangue dos capilares obriga este gás a difundir-se para o interior dos alvéolos.
Efectuadas as trocas, o ar abandona os alvéolos e percorre o caminho inverso até ao exterior, num movimento denominado expiração.
O oxigénio, captado pelo sangue nos pulmões, será distribuído a todas as células do corpo.

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